Eu andava me fazendo muitas interrogações. Como uma autêntica virginiana, quando não recebe as respostas que quer... saía por aí cheia de exclamações!
Mas depois de toda tempestade, vem a calmaria e suas reticências... como toda fonte que um dia se esgota, as ruas secaram e eu pude perceber o que estava difícil de ver... e com um sorriso de canto de boca entendi tudo.
O veneno na dose certa poderia ser a cura. Finalmente pude sentir os raios de sol tocando meu rosto e ofuscando as nuvens que aos poucos iam se dissolvendo.
Eu percebi que foi a primeira vista. O céu estava puro e lindo, intenso, colorido e vivo. E o céu nada mais tinha a me oferecer. Eu não poderia guardá-lo, nem tocá-lo, como desejava...
Mas nada disso mudava o fato de que era especificamente aquele céu que me cativou.
Me deitei de frente pra ele e resolvi curtir até a última cor se apagar, admirando ele e o que ele me despertava.
Me deleitaria até o último raio e saborearia a sensação de uma paixão que nada poderia me dar, mas que eu ainda queria, só por ter me feito flutuar. Sem medo, sem hesitar, sem exigir, sem reclamar, sem fingir ou cobrar.
E, na verdade, depois de um tempo, a gente percebe que ele faz o melhor de si... o que acontece é que as pessoas têm parâmetros diferentes e nunca estão satisfeitas... não que devamos nos contentar com pouco, mas quando pensei e olhei com carinho, descobri o quanto se perde lamentando que o sol não esteja mais quente... quanto calor nos basta?
Percebi que gostava tanto, que me bastava o fato de tê-lo por perto, saber que ele existe e que me aquece.

Que lindo, adorei *-*
ResponderExcluirah, obrigada, Maiara!
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